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Foto do escritorPsicóloga Angelita Eccel

Luto, poder e pandemia

Atualizado: 25 de out. de 2022


A pandemia da Covid 19 nos fez vivenciar um grande caos com muitos lutos e sofrimentos. Talvez, nos últimos anos, esse tenha sido o maior momento de reflexão para humanidade. Nunca se percebeu uma ambivalência tão grande como, nenhuma vez, na história da humanidade se falou tanto em amor; assim como, de modo algum se viu lançar tanto ódio, em todos os sentidos.


Sentíamos a perda de 31 mil mortes no Brasil por Covid 19 no momento que esse texto foi escrito. Quantas pessoas comovidas e tentando de alguma forma ajudar essas famílias na sua caminhada. Às vezes colaborando com dinheiro ou com uma palavra amiga, pois nem os abraços são permitidos. Não temos ideia de que, com a perda de um ente querido, quantas pessoas daquele circulo familiar sofrem imensamente. Quantas famílias ficaram desestabilizadas. Em muitas famílias foi o provedor ou aquele que tinha o papel de dar segurança emocional que partiu. O pior é que seus familiares não tiveram nem o direito de realizar um cerimonial de despedida normal para ajudar na elaboração do luto.


Muitos políticos desviando recursos de saúde, que serviriam para sanear a crise e tantos outros tomando atitudes com lentidão e despreparo. Os governos do mundo inteiro impregnando de tristezas, frustrações e decepções muitas pessoas em relação aos que estão no poder. Para muitos esse é um grande luto, pois esperavam outras atitudes como de empatia e promoção da saúde e segurança. Observação essa escrita não como um julgamento e sim uma reflexão.


Quantos outros lutos, como o das pessoas que perderam seus empregos; as empresas que precisaram fechar as portas, com isso foram as economias e sonhos de uma vida inteira, afim de ter uma velhice tranquila; alguns relacionamentos que não suportaram essa convivência com tantos conflitos; os profissionais que tiveram de se reinventar, e um exemplo pontual dos professores com aula a distância sem um preparo prévio; aqueles que possuem familiares em hospitais com outras doenças e precisam estar distantes em momentos que, boa parte da cura do doente é o amor e o afeto da sua família e amigos.


Nessas considerações sobre crises extremas, é importante você refletir, em qual lado estou? Será que contribuo para o ódio e o medo circularem, com isso favoreço futuras violências com o vírus do mal como as crianças costumam falar, assim, colaborando para consequentes lutos. O valor importante para mim é o poder? Se isso faz sentido para você, procure um profissional da área da saúde mental, busque ajuda para evitar grandes sofrimentos no futuro. É preciso ter consciência dos seus desejos como sujeito, ou melhor, da sua personalidade. Enfim, que a boa índole, que a empatia e o amor possam ser o melhor vírus em pandemias. Lembre-se, procure deixar uma herança boa para seus filhos...valores que farão você ser lembrado mesmo depois de sua mudança para o andar de cima.


Psicóloga Angelita Eccel



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